Não recomendo ninguém a dar uma de Sherlock Holmes do ciúme e vasculhar os segredos de computador de ninguém. Não costuma ser uma aventura prazerosa. Muito pelo avesso, todo cuidado nessa hora, rapazes e gazelas.
Essa mania, porém, é mais comum do que imaginamos. Pelo menos 34% por cento de usuários de internet no Brasil assumem, na boa e explicitamente, a prática desse tresloucado gesto.
Nesse pacote estão incluídos a fuçada no caixa postal, o farejamento dos passos do outro no Orkut, Facebook, Twitter, sms e etc.
A conclusão é de uma pesquisa encomendada pedido de um fabricante de telefones celulares – estes aparelhos igualmente bisbilhotados pelos amantes e pombinhos de todos os gêneros e classes.
Repito: essa paranóia é perigosíssima. Já vimos até assassinatos por causa de descobertas indesejáveis ou mesmo erros de interpretação de exs tomados pela fúria. Nitroglicerina pura, corra fora dessa onda, Lola, corra.
Acabou o casamento, o namoro, o cacho, o rolo, melhor apagar a sombra da tal pessoa amada também da virtualidade. Fácil aqui para o cronista falar do assunto com essa frieza, esse distanciamento, não é, colega? Na dolorosa hora da separação, quem resiste a uma investigadazinha básica?
Tem que ser muito sangue frio ou devidamente psicanalisado, grande freguês do divã ou do terapeuta, para manter a distância e a sensatez recomendáveis.
A gente até jura que não vai mais recorrer a tal vício. Chega. Minutos depois se pega, na insônia da madruga, na bisbilhotice atávica dos tempos modernos.
E repare só. Além dos conectados que assumiu o “crime”, outros 24% são suspeitos. Ao responder à mesma pergunta, disfarçaram, ficaram em cima do muro, não disseram sim nem não, miguelaram diante da indagação na lata.
Outro dado significativo do levantamento: para 66% constitui-se traição sim a simples paquera virtual, o flerte, o xaveco interneteiro. Chats de sexo, então, mesmo com anônimos, não têm perdão, condenado.
Há controvérsias. Vejo até como saudável e algo recreativo, desopilador, maneira de viajar em algum fetiche sem sequer precisar sair de casa. Tranqüilo, não consigo ver nada demais nisso, relax, baby.
Mas cada um, cada dois, não é mesmo?
Vocês que decidam aí a moral do barraco.
O mais maluco vem agora: 15% das pessoas já terminam seus namoros, casamentos e rolos com um simples email ou mensagem de texto no celular. Pode uma coisa dessas?
Pode sim e é saudável essa proposta, evita o lado mais trágico dos finais amorosos. Para quê ampliar o sofrimento? Foi o que ouvi, para minha surpresa, do psicanalista Contardo Caligaris, com quem dividi uma mesa de bate-papo semana passada sobre o assunto.
E você aí, belezura, o que acha disso tudo que não é nada pouco em matéria de mudanças de costumes?
& MODINHAS DE FÊMEA
Tem coisa melhor no mundo que amor de mulher culpada? Sim, porque como dizia o tio Nelson, até a virtude prevarica, então aproveitemos o doce amor da mulher culpada, a recompensadora, a justa, a mais honesta de todas as fêmeas do mundo, a criatura que deseja, sobre todas as coisas, nos agradar como nunca, como se fosse a primeira vez.
Há algo de uma nova virgindade possível na mulher eivada de culpa.
http://colunistas.yahoo.net/posts/6346.html
Rsrs...Que atire a primeira pedra!! rsrsrs
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