quinta-feira, 31 de março de 2011
De Rogério Ceni a Márcio, São Paulo a ACP, quanto mais experiente melhor!
A vida é um passe em:
De Rogério Ceni a Márcio, São Paulo a ACP, quanto mais experiente melhor!
O amadurecimento é algo próprio de qualquer ser vivo. Tudo que é orgânico pode envelhecer, passar com o tempo ou “ficar mais experiente”. E sobre os “experimentados” Márcio (do Vermelhinho) e Rogério Ceni (do São Paulo) é que irei comentar neste texto.
Na natureza, os seres vivos envelhecem com o avanço de sua linha do tempo. Os anos passam e tudo nasce e perece de acordo com as condições impostas pelos limites físico-naturais próprio de cada ser.
Entre os homens, apesar de serem “seres naturais”, passa-se de maneira diferente: costumamos dizer que ficamos mais experientes depois de passarmos por experiências que mudam as nossas vidas. Pode ser por meio de um ritual que o introduz em alguma sociedade ou fase da vida (ex. uma aprovação no vestibular) ou através de mudanças no cotidiano (ex. como a responsabilidade de educar uma criança), os homens transformam-se em experientes com base em suas CULTURAS e não em sua fisiologia (semelhante a de qualquer outro animal).
Neste final de semana, a cultura do futebol brasileiro ficou mais rica depois que o experiente goleiro Rogério Ceni, 38 anos e 100 (cem!) gols como profissional, marcou o centésimo gol de sua carreira. O “rito de passagem” de Rogério foi num clássico vencido por 2 a 1 pelo São Paulo e disputado contra o Corinthians, o maior rival do clube do Morumbi. E tem mais: a vitória marcou a quebra de uma sequencia de 11 partidas sem vencer o Timão. Emocionante ver Rogério ao final do jogo, entregando-se de corpo e alma pela vitória no dia de seu centésimo.
Também vimos outra apresentação especial, só que esta em nível local. O experiente volante Marcio, 32 anos, foi um dos principais jogadores do ACP na vitória sobre o Paraná Clube por 4 a 2.
Márcio não fez gol e também não submeteu-se a uma passagem por uma marca simbólica (quem superou uma marca foi o ACP, ao vencer no WW depois de seis jogos), mas demonstrou sua experiência em jogadas imprescindíveis para estruturar os ataques e a defesa “vermelhinha”. Ele foi o “meia-armador” da equipe, ao atuar como volante que acompanhava as ofensivas de Kelvin e Diego pelo Paraná (sempre auxiliando os marcadores com uma precisão incrível nas “sobras”) e armou jogadas no ataque avançando desde o campo defensivo a até a intermediária adversária (por todos os lados do campo). Destacou-se por lançamento longos, dribles, pelo quase gol ao final do jogo e até nas cobranças de laterais. Márcio parecia flutuar em campo, de tão à vontade que estava.
Pela qualidade apresentada e por estar sempre nos lugares e momentos certos das jogadas, Márcio fazia lembrar um jogador que nos encanta na memória: sem superlativos (cada um na sua época e de seu jeito), a experiência, o comportamento cerebral em campo e os passes precisos fez lembrar Gérson, o “canhotinha de ouro” de 70.
Como eu disse, tudo em seus devidos tempo, lugar e proporções de habilidade. Não falei que Márcio é Gerson, mas que “fez lembrar”.
Em suma, uma coisa é inegável. Que estes insights provocados por apresentações como a do Márcio são coisas maravilhosas que só o futebol pode nos proporcionar... Seja ele em uma Champions League ou no Campeonato Paranaense 2011.
Homenagem do sociólogo Vitor Garcia ao volante Marcio, não esquecendo jamais de demonstrar o nosso respeito a todos os atletas pela ombridade que estão representando as cores do vermelhinho e que todos fizeram parte e foram fundamentais neste espetáculo ocorrido no Estádio Waldemiro Wagner no dia 27.03.11 no confronto ACP (4) x Paraná Club (2).
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